04- Parágrafo pessoal: exposições visitadas
BRASILIDADE E PÓS MODERNISMO - CCBB
Visitei essa exposição no dia 24 de agosto após a aula de História, com um grupo dos colega de classe. Todas as obras são lindas e marcantes, entretanto, teve uma que me marcou e me arrepiou de corpo e alma.
A artista Gê Viana apresenta no local a sua série Paridades, na qual retrata o cotidiano de pessoas no Maranhão através de retratos sobrepostos. Essa obra me fez ver, como Cazuza disse em "O Tempo Não Para", "o futuro refletir o passado" de uma forma sutil e direta, vi em algumas fotos que na existência humana existem diversos paralelos quase perfeitos fornecidos pelos traços étnicos e observei em outras as semelhanças desagradáveis de problemas antigos que não deveriam mais ser atuais. Gê Viana alugou um bom espaço na minha mente, e me questionei por dias se "nós realmente evoluímos?".
FAZ ESCURO MAS EU CANTO - Palácio das Artes
Eu visitei a exposição no dia 31 de agosto com um grupo de amigas, a qual se tornou a minha favorita. Foi um passeio demorado e calmo, consegui ver todas as obras e senti a importância de cada uma delas, e terminei a experiência com uma obra marcada na parede da minha mente.
Os retratos de Frederick Douglass foram extremamente marcantes, ver sua história de luta antirracista e abolicionista traçada naquela parede me emocionou profundamente. Frederick, filho de mãe preta escravizada e de um pai branco que nunca o reconheceu, lutou para construir sua imagem, sua carreira e importância para poder usar da mesma na defesa dos seus ideais, usou dela como instrumento político por toda sua vida - inclusive em seu leito de morte -para lutar pelos que não podiam. Cinco décadas de retratos seguiram a partir do primeiro, feito em 1841, até o ano de sua morte, 1895, mesmo após a abolição nos EUA.
Douglass eternizou a sua batalha, atravessando espaço e tempo, sendo necessário até os dias atuais contra os estereótipos racistas.
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